quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A vida não pára!


O tempo não pára! Cada segundo avança rapidamente! Tenho medo deste disparo contínuo do tempo, e ao mesmo tempo tenho uma vontade avassaladora que este passe rapidamente. Quero-me encontrar junto a paredes de luar e perder-me no tempo sem dar conta deste passar. Não dá mais para viver neste anseio de querer ser, ter, ir, estar... Eles passam como o passo do senhor de idade incerta. Quando chegará? Valerá a pena desejar arduamente a sua chegada? Ai tempo... o tempo... corre depressa de mais, de vagar de mais, corre como não devia correr. E o que nos resta a nós? Sucumbir a este poderio revolucionário da maquinaria?




*Corre e abranda às minhas vontades!
Hoje, amanhã, sempre...

sábado, 14 de agosto de 2010

Quero Ser Livre

Sinto-me presa
Como um pássaro sem asas
Preso ao chão sem amarras

Sinto-me presa
Quero voar e não posso
Quero correr
Quero fugir
Quero sair daqui
Destas paredes
Brancas
Gente parada, morta
O ar pesa-me nos pulmões
Magoa quando respiro
Salto pela janela
Corro, fujo para longe
Não sei para onde vou
Sei que aqui não quero ficar
Sei que aqui não pertenço
Sei que aqui não me querem
Não olho para trás
Nem por um segundo
A vida espera-me à frente
Tenho de a alcançar
Sei que está lá
Sei que sim
Sei...
Sinto o toque da liberdade
Sinto as minhas asas
Posso esticá-las
Voar
E tocar o céu
...Posso voar
...Posso voar
Sinto-me presa
E quero ser livre!


Retirado do blog: "http://lobalpha.weblog.com.pt/"

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Só hoje!


Hoje precisava de ti, aqui, ao pé de mim, ao meu lado. Não como uma simples presença mas sim como um confidente irrepreensível. Ajuda-me a perceber o mundo. Hoje quero esquecer tudo que me faz sofrer e pensar em ti assim, como estou a pensar agora… perfeito… incensurável… Protege-me de tudo o que me possa ferir, sei que não me irás abrigar para todo o sempre, nem terás sempre presente essa mestria colossal mas promete que vais tentar? Quero e preciso urgentemente de falar, falar até esgotar todas os vocábulos que descrevem o sentir humano. Hoje se estivesses aqui partiria contigo, caminharia para longe… seria feliz só contigo. Leva-me daqui… não aguento, não quero, não consigo. É solidão de mais, é dor de mais, são desilusões de mais… sei que só tu me podes salvar, só tu me podes fazer sorrir verdadeiramente, sorrir com a alma e não apenas com as feições visíveis. Ah como sinto saudades de rir com vontade…Rir de ti, de mim, deles, de nós, do mundo… até me cansar, me esgotar, me libertar, me alcançar, me encontrar…

Sou feliz, sei que sou… mas contigo… só contigo…

Hoje asseguro-te que me libertaria de tudo isto, sinto dentro de mim uma coragem nunca antes sentida, nunca antes vivida… Mas anda tudo ao contrário… hoje não estas aqui para me levar contigo, hoje não me podes libertar… libertar-me-ei sozinha?? Hoje não… hoje não consigo… sozinha não consigo…

sábado, 26 de junho de 2010

Sintam!




Sintam! A simplicidade absorve-nos e torna-nos poderosos, o belo é enorme e acarreta consigo todo o poder e energia. Sintam a energia! Nós não somos seres frágeis! Somos grandiosos, eloquentes. Transportamos todo o poder da beleza e esvoaçamos por todo o mundo numa onda de paixão e orgulho. Sim, orgulho!!! Orgulho de tudo o que somos capazes de fazer e de todas as sensações que somos capazes de proporcionar com um simples toque ou um puro olhar.
Somos livres! Como todo o universo deve ser, livres para escolher quando e como devemos brilhar, e ajudamos-vos a tornar a vossa vida num carrossel de cores e emoções . Nós damos-vos toda a garra que vocês necessitam para continuar, e lembrem-se que por detrás de cada cor está uma força invencível.

Sintam a nossa energia!!!

domingo, 20 de junho de 2010

Viver com a diferença




Mais um dia se inicia, começa assim o frenesim natural da vida. Também na associação de paralisia cerebral de Vila Real um novo ciclo se vivencia bem cedo. Esta instituição fundada em 1991 tem dedicado parte da sua vida ao tratamento de utentes com paralisia cerebral. Esta patologia baseia-se numa lesão de uma ou mais partes do cérebro provocada durante o período de gestação, no momento do parto ou após o nascimento, enquanto se dá o amadurecimento do cérebro, geralmente derivado da falta de oxigenação das células cerebrais.
As carrinhas brancas vão chegando, e com elas surgem os alunos da APC de Vila Real. Iniciam-se assim os preparativos para mais um dia diferente para nós, mas para eles é uma jornada igual a tantas outras. As máquinas do café começam a funcionar, no bar proferem-se as primeiras palavras do dia. Um beijo sentido de uma mãe ao seu filho e um “até logo” demonstra o carinho maternal biológico. A grande felicidade de ver pessoas desconhecidas está estampada no rosto e nos gestos de “Mário”, recebe-nos com um grande entusiasmo. O olhar terno cativa-nos a cada passagem e a simpatia e boa disposição contaminam o refeitório. Os profissionais andam numa roda-viva, encaminhando assim os educandos de modo a poder levar o seu trabalho a bom porto. De facto, são necessários alguns colaboradores para que tudo funcione pelo melhor, para que todos os objectivos sejam conseguidos. No decorrer do dia irão decorrer várias actividades, iniciando-se a manhã com jogos lúdicos e trabalho de ginásio. O ambiente é espaçoso, perde-se de vista os longos corredores e salas.
“Bruno” e “Bruna” aguardavam com traços visíveis de ansiedade o momento por que tanto ansiavam. Viver um dia diferente. Aguardava-os um lugarejo perdido na imensidão da natureza, o Douro equestre. Esperava-os assim uma das melhores terapias para este tipo de psicopatias, o contacto directo com os cavalos. Na verdade, este tipo de procedimento é já muito utilizado e tem surtido os seus benefícios “permite-lhes adquirir uma auto-estima, diminuir a ansiedade e conseguir uma melhoria a nível da respiração e equilíbrio graças à temperatura corporal do animal, às oscilações e ao movimento tridimensional” tal como refere Alexandre de 33 anos, técnico de equitação fisioterapeuta.
Gingão (um cavalo dócil) foi a criatura escolhida para a aula de equitação. O enorme gosto por estes animais de grande porte era bem visível nos rostos de “Bruno” e “Bruna”. “Bruno” um rapaz tímido, de poucas palavras dava a conhecer a enorme concentração com que realizava todos os exercícios e a sua enorme vontade de se sentir útil. “Bruna” uma rapariga com uma mobilidade normal mostrava algum receio devido à inesperada agitação deste cavalo maravilha. Esta actividade destina-se a todas as faixas etárias e é realizada segunda-feira todo o dia, terça-feira à tarde, quarta-feira durante todo o dia e sexta-feira de manhã. Na realidade, esta terapia consegue realizar maravilhas, transforma crianças e jovens rebeldes em seres extremamente sossegados e dota-os de capacidades extraordinárias “Ricardo Torrão é uma das crianças mais irrequietas, no entanto no dorso do cavalo transforma-se completamente, mostrando um grande respeito pelo animal. Também temos o caso de uma menina que não consegue produzir nenhum som, porém identifica-se tanto com este animal de quatro patas que o único som que consegue emitir é o relinchar do cavalo”, segundo afirma Carla, de 23 anos, fisioterapeuta.
José Luís, de 41 anos, é o monitor e proprietário do centro de equitação afirma que tem vindo a trabalhar progressivamente com pessoas que têm este tipo de problemas declarando que já assistiu a alguns casos de sucesso, sendo “Bruna” um desses casos, “Inicialmente conheci o fisioterapeuta Alfredo que me trouxe um estudante com paralisia cerebral, mais tarde esse rapaz partiu para os Açores, tendo deixado saudades. Em seguida devido a uma parceria com um professor de educação física trouxemos uma rapariga de Alcoitão, ela inicialmente deslocava-se apenas em cadeira de rodas depois com o nosso trabalho conjunto já conseguiu dar os primeiros passos sozinha. Hoje essa aluna tem uma vida normal, naturalmente com algumas limitações. Depois foi devido à fisioterapeuta ocupacional “Rita Medeiros” que comecei a trabalhar com a APC. Esta parceria já dura à 5 anos e estamos muito satisfeitos com os resultados, obviamente nunca houve nenhum milagre, mas os resultados são surpreendentes. A “Bruna” é um dos casos de grande sucesso, uma vez que já participou nas Olimpíadas, tendo ficado em 3º lugar. Apesar de ter tido bastantes problemas com o cavalo a prova foi superada”.
Chegou assim a altura de por termo a esta actividade, hoje foi mais ligeiro, pois normalmente “Bruno” e “Bruna” já trabalham com um cavalo de categoria superior uma vez que este é mais calmo e é apenas utilizado em casos considerados mais graves. Juntos concorrem com um pónei irlandês de média estatura, com um passo diferente o que lhes possibilita a aquisição de uma maior autonomia.
Esta doença persistente, tenta corromper o seu portador, retirando-lhe toda a mobilidade, neste sentido é vital levar a cabo uma série de exercícios de reabilitação, que tentem a potenciar as qualidades que ainda restam e realizando um esforço enorme para colmatar as maiores deficiências. Este trabalho nem sempre é fácil como explica o fisioterapeuta Ricardo de 31 anos, no entanto um simples sorriso, um simples sentar chega para enaltecer a alma destes profissionais. As crianças dos 0 aos 6 anos são as que inspiram mais cuidados, uma vez que é nesta etapa que se exige mais, pois todos os sucessos de hoje irão ser bastante necessários para encarar o futuro. As famílias são o elemento mais importante neste processo, dado que é necessário ter muita paciência para entender o pensamento dos portadores desta doença. Quando uma família recorre a esta instituição vêm com as expectativas muito elevadas, no entanto com o passar do tempo vão perdendo as esperanças de uma recuperação milagrosa, o que leva algumas à desistência. A instituição ensina como desenvolver as capacidades mas não possui uma “receita” miraculosa, apenas dotam os alunos de alguma independência. Como diz Ricardo “ os sucessos são das crianças, havendo meninos que nos surpreendem apesar de haver casos de regressão”.
A morte é uma constante na vida destes profissionais. A construção de uma grande amizade ao longo do tempo poderá tornar-se numa enorme perda, exemplos destes são frequentes, “ estou cá há 5 anos e faleceram 4 meninos, um dos quais tive muita pena porque já andava e falava e em poucos meses perdeu estas habilidades e acabou por falecer”, segundo assegura Ricardo.
Orlanda Carvalho, directora técnica de 45 anos frisa a importância que esta associação tem para a região, uma vez que dá resposta a necessidades como a paralisia cerebral e a doenças neurológicas, sempre na área da deficiência mental, tanto que o espaço se tornou de dimensão reduzida para os 360 utentes, “ neste momento damos resposta a cinco competências sociais: o centro de actividades ocupacionais ( CAO), serviço de apoio domiciliário, apoio técnico - precoce (crianças dos 0 aos 6 anos), reabilitação ( dos 6 aos 18 anos), centro de recurso para a inclusão e desporto adaptado”. Este organismo sobrevive através das tutelas, beneméritos e parcerias que se vão realizando, também recorrem a exposições e a campanhas como a “ Campanha do pirilampo mágico”, no entanto estas pecam muito a nível económico.
Notamos que hoje em dia as cidades ainda não se encontram preparadas para lidar com pessoas diferentes, pois apresentam certas dificuldades como por exemplo difíceis acessibilidades, passeios íngremes, defeituosos, e rugosos. Para que as pessoas com dificuldades de mobilidade consigam integrar-se na sociedade primeiramente é vital que também o ser humano aprenda a lidar com estas diferenças.
E assim termina mais um dia. A expressão “até logo” ecoa pela sala de espera, resta a certeza de que amanhã será um novo dia e fica a esperança de que o novo amanhecer traga mais uma pequena vitória, que se tornará num grande sucesso.

sábado, 1 de maio de 2010

É de manhã!!!

Onde está o limite? Quando estaremos próximos do final? Será quando o íngreme cume da montanha se despenhar entre a densa selva do nosso ser? Quero saber quando se aproxima a derrocada para poder estar preparada para todo o rol de incertezas que irá pairar sobre mim. Penso que conseguirei penetrar nessa penumbra e sair ilesa como se de um arco-íris se tratasse. Fortalezas não chegam para me deter, e heróis condecorados são pura ficção. Não nos vamos iludir não?
Não quero falar, não me apetece expressar aquilo que não sinto. Mostrar-se ditosa, interessada quando a minha concepção é um simples “nada”. Que confusão de ideias.
É de manhã!!!! Nada funciona bem de manhã. Os relógios revoluteiam depressa, as pessoas raciocinam mal, as conversas são ocasionais e vazias de interesse. E eu? Eu sou um baralho confuso de ideias. Penso muito! Demais! Penso tanto que chego a temer que a insanidade tome conte de mim.
Preciso de heterónimos. Louvado Fernando Pessoa! Agora percebo a necessidade de ser um outro alguém. Afinal não somos aquilo escrevemos. Tanta parvoíce, tanta história mal entendida.
É de manhã!!!! De tarde já serei um outro alguém, mais limitada, mais sóbria e coesa. Serei uma pessoa! E tomarei as rédeas da vida, serei o que querem que eu seja. Mas por agora quero ser assim… livre de ideias e pensamentos, livre para poder satirizar tudo e todos sem temer julgamentos.
Não estou insana! Ainda não… oh é de manhã e não me apetece cogitar…

terça-feira, 6 de abril de 2010

Direito à vida

Numas pesquisas que realizei recentemente verifiquei que havia pessoas que viviam em países socialistas, que, na maioria deles, é proibido apresentar a violência quer na televisão, quer no cinema ou no teatro como espectáculo. Se é verdade, está ai algo que deveríamos aprender com eles. Podemos até discordar de outros aspectos do seu sistema; nisso, porém, eles estão certos e nós errados. Sou daquelas pessoas que não “engolem” argumentos de psicólogos e sociólogos, que justificam espectáculos de violência como algo positivo. Penso que se houvesse menos violência na televisão, no cinema e na literatura, também haveria menos violência nas ruas. Quando o cidadão se acostuma à violência, acaba por acha-la natural, e ai começa o desrespeito à vida…
Quando fomos concebidos um dos primeiros direitos que nos foi oferecido foi o direito À vida, o direito de viver. Nós, seres humanos, não escolhemos nascer, não escolhemos aquilo que queremos presenciar e certamente não escolheremos a hora em que queremos morrer. Apesar de não termos controlo sobre a vida não significa que não temos a obrigação e a responsabilidade de zelar por ela. Não podemos dominar uma geada, uma praga, uma seca, uma onda de frio/calor, no entanto dentro do que podemos e do que sabemos podemos tomar alguns cuidados. Não podemos fazer o que bem entendemos com a nossa vida, mas podemos fazer muita coisa por ela. Uma dessas coisas é, qualificá-la, melhorá-la, valorizá-la. Isto está ao nosso alcance. E a acabar com a violência deveria ser uma das obrigações do ser Humano. Quem implanta e fomenta a violência acaba destruído por ela
.

Guerra dos sexos

Homem e mulher desde sempre se defrontaram, claro que nos tempos mais primordiais esse confronto era realizado de uma forma mais subtil. Hoje esta guerra è assumida e declarada. A espécie humana é responsável por mais de 6 biliões de seres na face do nosso planeta, e com pequenas variações e excepções, estes podem-se dividir entre homens e mulheres. As mulheres ocuparam posições que era maioritariamente masculina, mas eles também não se renderam, e têm que assumir, roubaram-nos muitas realidades que eram predominantemente femininas, e admito que a que mais me revolta é o cor-de-rosa. Nunca teria imaginado ver um homem de cor-de-rosa (tenho que admitir que até ficam bem). Mas no fundo não os poderei condenar, as calças eram exclusivamente masculinas e nós já há mais de 50 anos que as adoptamos como peça principal na nossa indumentária. Foi tal esta invasão que hoje quando se abre um armário de uma mulher os pares são tanto, que hoje temos que ser racionais e admitir que as calças são mais compradas pelas mulheres (em número) com a vantagem de que podemos usar muitas mais variedades. Quem leu até aqui esta crónica deve pensar que tenho ideias completamente feministas mas acreditem que não, muito pelo contrário, acho que homem e mulher se completam e não poderiam viver um sem o outro. Mas sinceramente se não queremos alimentar mais esta guerra, teremos que deixar por completo aquela típicas piadinhas tão tão…. Sexistas…. “Porquês que os homens têm mais neurónios? Para conseguirem ver futebol e falar ao mesmo tempo.” Ou “Para distrair uma mulher por algumas horas escreva nos dois lados de uma folha: - vire, por favor”. Confesso que poderá ter a sua piada (que tem) mas não estaremos a desvalorizar de mais o nosso aposto?
Uma verdade tem que ser aqui assumida, homem e mulheres são muito diferentes e não falo apenas a nível físico. A mulher, e está provado cientificamente, possui uma memória muito mais desenvolvida que os homens, estes têm apenas uma melhor memoria espacial. Tudo é diferente entre estes dois seres. E são estas diferenças (ou não) que tornam possível a relação entre ambos. Homens e mulheres têm circuitos cerebrais bastantes diferentes, discutem de maneira diferente, estar em boa forma é mais difícil para as mulheres do que para os homens, estas sentem a dor de maneira diferente, e preocupam-se muito mais que os homens. São tantas as diferenças que seria impossível para mim descreve-las todas aqui.
No entanto apesar de tudo, penso que não se deveria falar numa guerra. Segundo o dicionário guerra corresponde a “confronto entre dois ou mais grupos, utilizando armas para tentar derrotar o adversário”. Será que somos mesmo adversários? Pensemos bem 98% das indústrias de cosméticos e 89% da moda são voltados para as mulheres, no entanto, 98% da indústria da cerveja e 89% da indústria automobilística são voltadas para eles. Quem ganha aqui???
Toda a gente tem qualidades e defeitos mas é necessário aceita-los e não deixar que esses defeitos ganhem mais importância do que a que realmente deveriam ter. Tudo bem, e temos que admitir, que as mulheres sabem como confortar uma amigo, sorriem sempre, mesmo nos piores momentos, choram de alegria, conseguem esticar mais o dinheiro (quando não vão às compras). E poucos são os homens que conseguem fazer estas proezas.
Em suma ambos os sexos são necessários, se um ou outro não existisse como seria o mundo? Nunca nos poderemos esquecer dos ensinamentos da sabedoria popular “os opostos atraem-se” e homens e mulheres complementam-se e desculpam se poderei estar neste momento a ferir susceptibilidades: mas nós não éramos nada sem eles (nem eles sem nós).

Ps. Pensei em falar nesta crónica dos típicos problemas que há quando se fala em guerra dos sexos, nomeadamente a nível de emprego, mas considerei que era um assunto demasiado falado e não dignifica em nada o ser humano.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Poisa em mim!!!


Poisa em mim!Faz-me acreditar que chegou novamente a Primavera! Quero ver todas as tua cores, como se de um arco-iris se tratasse. Como será a partir de hoje? Revela toda a tua beleza perante mim e prometo amar-te independentemente de um ou outro lugar mais sombrio.
Leva-me contigo para esse paraiso florido e conta-me como é ser feliz. Qual é a sensação? Como consegues ser pura e simples alegria?
As cores, os cheiros, os sorrisos são a tua morada, mostra-me o caminho e prometo seguir-te atentamente, cuidadosamente. Não te invejo, simplesmente te admiro. Delicio-me quando me dás o prazer de te poder contemplar minuciosamente. Acredito em ti e confio na Primavera que vem a caminho. Não demores!!! Tenho pressa de ser feliz.


Poisa em mim!!!!

Fim de semana

Sinto algo estranho, novo em mim! Tento perceber mas nada de concreto surge, nenhuma definição! Nada. O presente incomoda-me, o passado é tão longuinquo que as imagens já custam a aparecer. Apenas pequenas lembranças do que era e já não é emergem e por breves momentos sorrio. Encaro tudo como se de um pesadelo se tratasse, e anseio que este passe rapidamente sem deixar marcas nem pesares. O aconchego do lar faz-me ser novamente eu, e dou por mim a sorrir por cada asneira proferida. Gestos tão simples que se enraizam em mim fortemente. É tão bom poder dizer tudo o que me vai na cabeça sem ter medo de más intrepertações por parte de terceiros. São essas pessoas qu me fazem acreditar que mundo pode ser algo mais para além das máscaras.
Este fim-de-semana senti-me integrada, senti que me ouviam, que me amavam e são essas pessoas que merecem tudo o que há de bom em mim (sim, descobri que afinal ainda restam coisas boas em mim). Ri, sorri, soltei gragalhadas, tive vontade de gritar e dizer: "AQUI SOU FELIZ. Nunca pensei que tal viesse a suceder. Afinal tudo aquilo que eu pensava odiar, aquilo que eu apelidava de "seca" é o lugar onde melhor me sinto. Sinto-e encaixada, enquadrada em algo bom.
Saí desta "segunda casa" tão em baixo, a achar que nada valia a pena, ninguém valia a pena. O meu estado devia ser mesmo decadente pois muita gente se apercebeu. Coisas estranhas aconteceram, como chegar a um lugar (que anteriormente repelava) e ser recebida com vários sorrisos, com vários "olás". Dei por mim a conversar num à vontade tão incomum. Apesar de tudo apenas uma coisa que marcou profundamente. Foi tão bom estar sentada, rodeada de pessoas que nunca dei a devida importância a conversar e ouvir constantemente alguém ao meu lado a proferir palavras amigas. E já não ouvia uma à uma aternidade, pois é como já referi, o passado é tão passado que já desvaneceu, pois este presente é forte e marcado de mais.
Em suma, ontem descobri que vale a pena viver, pois é bom sorrir e fazer alguém sorrir, porque muitas vezes sorrir é bem melhor do que "rir" no sentido lato da palavra.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Refugio-me em ti quando mais nada me resta. A solidão abate-se sobre mim, e sinto que já nada faz sentido. Sinto-me agarrada a uma realidade que quero esquecer, adormecer e acordar num outro lugar. Correntes que me sufocam, palavras que me amurdaçam, e mais uma vez nada faz sentido. Vida condicionada por seres igualitários a tantos outros. Desejo voar, alcançar o topo da montanha e regressar sem ter que me explicar. Onde fui? Onde estou? Onde vou? Que interessa! Vivemos aprisionados a um tempo exequivel, muito pouco aproveitado. Esperança sã num futuro próspero! Que ridiculo!
Vivo o futuro bem mais que o presente. O presente é simplesmente o caminho que tenho que percorrer para chegar ao futuro. E se for sempre assim? Se assim for o futuro nunca será presente, as horas vão passando, a solidão irá crescer, as correntes irão apertar mais, e as palavras magoaram com mais intensidade, ate cair finalmente na exaustão.
Os minutos vao passando com o constante desejo que passem mais e mais rápido.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

DESAPEGO: O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO

As abelhas, após construírem a colmeia, abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo o mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá. Batem as asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Dizem que quando Deus esvazia as nossas mãos, ele esta a preparar-se para enche-las novamente.


Qual a forma mais simples para o desapego?


Descobrir que mereçemos mais.


Temos tanto medo do novo, de nos deixar levar pela macia e nova ventania de alegorias nas nossa vida, que às vezes nos vemos presos a uma situação, a uma pessoa.às vezes, a situação ou a pessoa, já não nos acrescenta mais nada, mais ainda sim, ficamos ali... presos.
D.E.S.A.P.E.G.A.R !


Soa tão facíl falar, viciamo-nos em algo que nos faz bem, e simplesmente, morremos de medo, de perder. Apegamo-nos tanto, que já não vemos a nossa vida, sem o nosso material de alimentação moral, daquela companhia agradável, daquele velho amor, daquela antiga paixão Talvez devêssemos desapropriarmo-nos de algo que é relativo, tudo passa. Poucas coisas valem a pena tonarem-se permanentes em nos mesmos. A nossa mente é causadora das nossas maiores dores. Somos tão apegados às coisas que mesmo sabendo que elas já não nos fazem bem, continuamos presos. Há algumas realidades, que só nos magoam, pelo simples facto do medo de perder.


Deixa ir embora, vai te fazer bem.


'Deixa que os mortos enterrem os seu mortos'.



Não precisamos de muito não, só uma 1 dose de desapego e 2 de amnésia .


Esquecer faz muito bem.


D.E.S.A.P.E.G.A.R


Devemos abrigar em nós um único desejo: O DE NOS TRANSFORMARMOS.


"Assim, quando alguém, ou algo tem que sair da nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. Adquirimos visão mais ampla. O sofrimento vem quando nos fixamos em algo ou alguém. O apego embaça o que deveria estar claro; por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para o nosso crescimento precisa entrar. E se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?"





“O maior acto de desapego é soltar o passado e as preocupações com o futuro e viver no momento presente. Quando fazemos isso, concentramos a nossa atenção e energia e não nos desvitalizamos com críticas, comparações e julgamentos. O desapego libera-nos da culpa e do desperdício de energia. No momento presente, não precisamos possuir ou perder nada.”