domingo, 15 de novembro de 2009

O ser humano é tão estranho

O ser humano é tão estranho. Consegue de uma forma surpreendente tomar duas formas, duas atitudes. Aqui sou assim, ali sou diferente. Aqui gosto de ti, ali já te odeio. Hoje és tudo, amanha não és nada. E assim se vai vivendo. O puro e genuíno já não faz parte de nós. é puro todo aquele que não contacte com esta raça, é genuíno todo aquele que não conhece esta estirpe.
Um dia uma amiga contou-me que viu um despretensioso gesto de carinho entre um casal já idoso, e isso marcou-a. A mim também devo confessar. Porquê? Porque, aqueles dois estão em contínuo amor, amor esse que tem perdurado e subsistido ao cair das folhas, ao sol escaldante, às grandes tempestades, pois só desse modo é que aquele casal pode florir a cada Primavera e conhecer-se até ao mais ínfimo pormenor. A geração jovem está decadente, imersa numa podridão extrema, onde a futilidade atulha os seus dias. Estranho não? Quando mais evoluímos, quanto mais tecnologia, bem-estar e conforto são postos à nossa disposição mais o ser humano se preocupa com o que não é elementar. Ninguém consegue perceber um jovem, aliás nem ele mesmo se compreende a si próprio.
Seres tão ignóbeis….

Ps: Certamente nem todos se encaixarão neste perfil (felizmente), mas prefiro generalizar.