segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Refugio-me em ti quando mais nada me resta. A solidão abate-se sobre mim, e sinto que já nada faz sentido. Sinto-me agarrada a uma realidade que quero esquecer, adormecer e acordar num outro lugar. Correntes que me sufocam, palavras que me amurdaçam, e mais uma vez nada faz sentido. Vida condicionada por seres igualitários a tantos outros. Desejo voar, alcançar o topo da montanha e regressar sem ter que me explicar. Onde fui? Onde estou? Onde vou? Que interessa! Vivemos aprisionados a um tempo exequivel, muito pouco aproveitado. Esperança sã num futuro próspero! Que ridiculo!
Vivo o futuro bem mais que o presente. O presente é simplesmente o caminho que tenho que percorrer para chegar ao futuro. E se for sempre assim? Se assim for o futuro nunca será presente, as horas vão passando, a solidão irá crescer, as correntes irão apertar mais, e as palavras magoaram com mais intensidade, ate cair finalmente na exaustão.
Os minutos vao passando com o constante desejo que passem mais e mais rápido.