sábado, 1 de maio de 2010

É de manhã!!!

Onde está o limite? Quando estaremos próximos do final? Será quando o íngreme cume da montanha se despenhar entre a densa selva do nosso ser? Quero saber quando se aproxima a derrocada para poder estar preparada para todo o rol de incertezas que irá pairar sobre mim. Penso que conseguirei penetrar nessa penumbra e sair ilesa como se de um arco-íris se tratasse. Fortalezas não chegam para me deter, e heróis condecorados são pura ficção. Não nos vamos iludir não?
Não quero falar, não me apetece expressar aquilo que não sinto. Mostrar-se ditosa, interessada quando a minha concepção é um simples “nada”. Que confusão de ideias.
É de manhã!!!! Nada funciona bem de manhã. Os relógios revoluteiam depressa, as pessoas raciocinam mal, as conversas são ocasionais e vazias de interesse. E eu? Eu sou um baralho confuso de ideias. Penso muito! Demais! Penso tanto que chego a temer que a insanidade tome conte de mim.
Preciso de heterónimos. Louvado Fernando Pessoa! Agora percebo a necessidade de ser um outro alguém. Afinal não somos aquilo escrevemos. Tanta parvoíce, tanta história mal entendida.
É de manhã!!!! De tarde já serei um outro alguém, mais limitada, mais sóbria e coesa. Serei uma pessoa! E tomarei as rédeas da vida, serei o que querem que eu seja. Mas por agora quero ser assim… livre de ideias e pensamentos, livre para poder satirizar tudo e todos sem temer julgamentos.
Não estou insana! Ainda não… oh é de manhã e não me apetece cogitar…

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